Aplicações práticas da Inteligência Artificial
- 06/13/2019
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A inteligência artificial está cada vez mais longe de ser apenas um aparato teórico. Já são muitas as aplicações práticas.
No mundo corporativo, é necessário saber lidar com dados que chegam a todo momento. A inteligência artificial está sendo desenvolvida para dar suporte à recepção, armazenamento, controle e organização destas informações.
A inteligência artificial é um segmento da ciência da computação que estuda a criação de ferramentas que consigam simular a inteligência humana. É o desenvolvimento de máquinas e software capazes de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas.
A pesquisa surgiu nos anos 1940, com o objetivo de criar novas funcionalidades para os computadores, que ainda estavam na prancheta. Com o desenvolvimento, surgiram subdivisões, como a inteligência artificial biológica, voltada para a saúde humana e animal.
Sumário
ToggleNa vida real
Atualmente, a inteligência artificial está presente em jogos, aplicativos de segurança, robótica, dispositivos para reconhecimento de voz, íris e digitais, programas de diagnósticos médicos, etc. Aplicativos e dispositivos estão presentes no nosso dia a dia, mesmo que isto não esteja claro para nós.
Estas máquinas não apenas interagem com os usuários: elas aprendem com as informações obtidas, decidem sobre a melhor resposta, definem informações acessórias e, desta forma, liberam mão de obra, para que os humanos possam se dedicar a atividades mais nobres e sofisticadas.
Aplicações de gestão
São aplicativos para auxiliar as corporações na gestão comercial, de recursos humanos, de marketing, etc. A inteligência artificial, alimentada com informações administrativas, pode identificar atividades que poderiam ser substituídas por máquinas e os pontos críticos do cotidiano.
Muitas atividades podem ser substituídas por aplicativos. Por exemplo, o registro de contas a pagar e a receber pode ser feito de forma integrada com as compras, estoque, distribuição de matéria prima e equipamentos, etc. Os aplicativos integrados atuam de forma inteligente.
Por exemplo, quando determinada matéria prima é retirada do almoxarifado da empresa, o software identifica a necessidade de novas compras, pesquisa os melhores preços no mercado, simula compras e pode inclusive expedir comunicados, para os fornecedores tradicionais, informando que foram encontradas melhores condições de preço, prazo de entrega, etc.
Até uma década atrás, as aplicações de inteligência artificial para a gestão de negócios ficava limitada às grandes corporações. Atualmente, porém, existem aplicativos que podem ser usados inclusive por microempresas.
O Microsoft Azure, por exemplo, é uma suíte de aplicativos para tornar a gestão mais produtiva e eficaz. Não há necessidade de equipamentos especiais, uma vez que o serviço pode ser contratado online: todas as informações ficam armazenadas na nuvem.
O Watson, desenvolvido pela IBM, também é capaz de atuar na gestão empresarial. O programa é mantido remotamente é o treinamento é feito online, sem necessidade de deslocamentos.
Na indústria
A primeira tarefa da inteligência artificial foi liberar os operários de funções repetitivas. Em uma linha de produção, é cada vez mais difícil encontrar alguém que esteja apenas apertando parafusos, por exemplo. Existem máquinas que identificam as necessidades, dimensões do parafuso, porca, arruela, etc.
Atualmente, todas as atividades “previsíveis” de uma linha de produção são realizadas por robôs. Não são necessariamente iguais aos personagens C3PO e R2D2 de “Guerra nas Estrelas”: quase sempre, são apenas braços mecânicos – mas são braços inteligentes.
Ao definir a produção de determinada peça, os robôs selecionam a matéria prima e o ferramental necessário. Na ordem correta (a mais lógica possível e, portanto, a mais barata e eficaz), as peças são recortadas, montadas, polidas, pintadas, etc.
Mecanismos de segurança
Estes aplicativos tiveram início com o advento do internet banking. Além de a segurança ser uma questão estratégica para a área, muitos correntistas ficavam “com uma pulga atrás da orelha” quando precisavam consultar o saldo ou fazer uma transferência pela internet.
Os serviços são criptografados e utilizam diversas ferramentas de segurança. É virtualmente que um mesmo cliente, acessando os serviços durante um ano inteiro, passe pelas mesmas barreiras para fazer uma transação bancária. Os inúmeros mecanismos funcionam em sistema de rodízio.
Dos bancos, os mecanismos de segurança migraram para diversas outras atividades corporativas. Até pouco tempo, para acessar determinados documentos, era necessário ter acesso a uma sala fechada com mil segredos. Atualmente, estes documentos podem ser armazenados na nuvem.
E, mesmo que todos os funcionários de uma mesma empresa tenham acesso à rede visual de informações, é necessário acionar algumas chaves de segurança para consultar algumas informações ou consolidar algumas transações. Até mesmo para publicar um texto no mural dos funcionários, é necessário passar por mecanismos de segurança.
Os aplicativos são capazes de fazer algumas previsões sobre o comportamento dos usuários e identificar as tentativas de violação.
Chatbots
“Bot” é abreviatura de “robot” (robô, em português). “Chat” significa “diálogo, bate-papo”. Os chatbots são programas de computador que simulam a capacidade humana de conversação. Ao receber determinada pergunta, o software consulta uma base de dados e fornece respostas semelhantes às que seriam dadas por um atendente.
Os chatbots reconhecem números de telefone e nomes, por exemplo. Desta forma, ao atender uma chamada telefônica, eles “sabem” antecipadamente com quem estão falando, têm acesso imediato ao histórico de chamadas, etc.
Por exemplo, ao ligar para um banco e consultar o saldo da conta corrente, o chatbot já sabe com quem está falando e acessa o extrato do cliente. Atualmente, porém, estes serviços podem fazer transferências, pagamentos, autorizar empréstimos, etc.
Tudo isto ocorre como se fosse uma conversa informal. O correntista menos avisado pode imaginar que está conversando com um atendente humano. Alguns sistemas conseguem inclusive “rir” de piadas e ditos espirituosos, enquanto procuram as informações.
Isto não é apenas marketing de relacionamento. Os trechos coloquiais da conversa servem para reduzir (ou eliminar) a sensação de demora no atendimento. Há 20 anos, os serviços bancários por telefone sofriam interrupções e cortes.
As palavras pronunciadas pareciam ter sido recortadas de conversas anteriores. É exatamente isto que acontece, mas de forma muito mais rápida e natural para quem está ouvindo. As risadinhas que eventualmente permeiam o diálogo eliminam a sensação de “estar falando com uma máquina”.
Os chatbots podem fornecer também informações por escrito. Ao acessar um site, por exemplo, o internauta pode fazer reservas em voos, hotéis, restaurantes e bares, comprar ingressos para espetáculos, obter informações sobre roteiros de viagens, contratar pacotes turísticos, etc.
Tudo isto sem necessidade de um atendente real: a inteligência artificial, alimentada com um banco de dados, fornece todas as informações necessárias, altera as lotações – seja num barzinho, seja num voo intercontinental – e pode fornecer subsídios para os empreendedores: por exemplo, informando necessidades específicas de determinado cliente.
Assistentes pessoais
Secretários e assistentes não precisam se preocupar: os assistentes pessoais virtuais não vieram para abolir estas profissões. Eles se limitam a organizar a agenda, informar rotas mais rápidas e seguras para os deslocamentos, fazer reservas em hotéis e restaurantes, etc.
Os assistentes pessoais virtuais nasceram para organizar a vida de pessoas físicas, mas os programas logo se sofisticaram e passaram a atender às necessidades de executivos e empresários. Além de organizar o dia a dia profissional, estes aplicativos também identificam outras necessidades, como pagar contas, cumprimentar clientes e fornecedores pelo aniversário, etc.
Existem plataformas que organizam a rotina dos profissionais, sem necessidade de instalar programas nos computadores da empresa. Estes aplicativos, que funcionam por assinatura, podem resolver os “mil” pequenos problemas que surgem no escritório, no carro, nas viagens a negócios, etc.
Os assistentes pessoais já foram adaptados para antecipar as necessidades dos clientes. Assim, por exemplo, uma concessionária de autos pode identificar os prazos das revisões periódicas, necessidade de conservação de veículos ou conferir o perfil dos clientes para a eventual troca do carro.
Automaticamente, podem ser gerados comunicados, sem necessidade de controles humanos, que ficam responsáveis pela supervisão do sistema.
Os assistentes pessoais podem ser alimentados para conhecer os serviços mais acessados pelos clientes. Além de agilizar o atendimento, as informações obtidas podem ser empregadas em planos de marketing: se metade dos clientes acessa o sistema para obter dados sobre determinado produto ou serviço, isto pode indicar que a comunicação, neste segmento, está deficitária.
Ensino online
Atualmente, um sexto dos estudantes universitários opta pelos cursos semipresenciais, em que é necessário ir à faculdade apenas uma vez por semana, além das consultas aos laboratórios e bibliotecas. A inteligência artificial também está presente na educação à distância.
Além de fornecer acesso às aulas, palestras e outras atividades, os sistemas corrigem exercícios respondidos pelos alunos (inclusive nas respostas discursivas), identificam dificuldades, sugerem literatura complementar e informam os professores sobre eventuais deficiências.
Os aplicativos atuais são disponibilizados principalmente por faculdades, mas as facilidades da informática já estão permitindo o uso de inteligência artificial em cursos de informática e de idiomas (inclusive corrigindo a pronúncia). Com a popularização, a inteligência artificial certamente chegará aos cursos de artesanato, iniciação profissional, etc.
O que vem por aí
A inteligência artificial já tem várias aplicações práticas, além de algumas curiosidades. Por exemplo, é possível criar vídeos falsos utilizando personagens reais (voz e imagem). Algumas funções, no entanto, apesar de avançadas, ainda dependem de pesquisa.
• Já é possível identificar as preferências pessoais no que diz respeito à moda, vestuário e acessórios. Os equipamentos e aplicativos ainda não estão disponíveis para uso comercial, mas em poucos anos será possível montar o guarda-roupa com dados virtuais.
• Os buscadores da internet usam a inteligência artificial para quase tudo. Um navegador conhece o se histórico e tenta adivinhar o que você quer quando começa a digitar os dados de uma pesquisa. Até mesmo fotos genéricas, não classificadas em bancos de imagens, já podem ser relacionados, mesmo sem uma referência gráfica.
• “Sorria, você está sendo filmado”. Até pouco tempo atrás, as câmeras de segurança precisavam de alguém a postos para identificar uma conduta suspeita, por exemplo. Atualmente, estão sendo desenvolvidos dispositivos que interpretam as intenções de um possível agressor, de acordo com o seu comportamento em uma situação qualquer.
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